Caro leitor, ao longo das próximas 10 semanas, publicarei uma série de artigos centrados em um tema específico. Hoje, damos início a essa jornada com o tópico Afinal, a que povo pertence o território de Israel?
As perguntas que o mundo todo está fazendo sobre Israel:
1-A que povo pertence a terra de Israel?
2-Israel tem direito ao território que reivindica?
3-Quais são as fronteiras do país de Israel?
4-Que nação deveria possuir a cidade de Jerusalém?
5-Quem tem a última palavra sobre Jerusalém?
6-Qual o futuro de Jerusalém?
7-Jerusalém deveria ser a capital de Israel?
Estas não são perguntas simples. Elas estão no centro e no calor do conflito que vem envolvendo Israel há muito tempo. Com certeza eles são ainda mais relevantes nos dias de hoje. Estas são perguntas importantes que deveríamos tentar responder. Para isto, devemos começar do início, desde a origem do mundo e da origem de Israel. Alguém disse que devemos voltar ao início para podermos avançar. “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1:1). Deus é o Criador de toda a Terra. Como o Criador de um território tão vasto, Ele teve o privilégio e o direito de decidir o que fazer com ele. “Os céus mais altos pertencem ao Senhor, mas a Terra Ele deu à humanidade “(Salmo 115:16). Esta é uma verdade inquestionável. Por ser o Criador, Deus decidiu dar a Terra à humanidade para a habitar e dela cuidar. Que lindo e generoso presente! A humanidade tem vivido na Terra desde a sua criação. Com esse dom, muitas responsabilidades também foram dadas, de modo a cuidar, a multiplicar e popular a Terra. Junto com tal dádiva, à humanidade também recebeu o privilégio maior de manter um bom relacionamento com Deus, o que exigia uma constante comunhão e obediência. Infelizmente, esse privilégio não foi mantido e foi logo perdido. Mas Deus nunca desistiu do desejo original de companheirismo com o homem e projetou um plano perfeito para restaurar esse privilégio à humanidade. Este plano seria revelado mais tarde. Um dos argumentos sustentados por Israel é de que Deus escolheu os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó como o povo escolhido por Deus. Este argumento é um dos mais fortes fundamentos na discussão do tema que estamos abordando. Mas como podemos saber que Deus realmente escolheu Israel como Seu povo? E se o fez, qual a razão? Novamente, temos que voltar onde a História começou. O plano de Deus para a humanidade começou com o desafio de encontrar alguém na Terra que respeitasse e honrasse Seus mandamentos e para caminhar em comunhão com Ele. Alguém que entenderia Seu plano e O obedeceria. Deus encontrou Abraão e fez uma aliança muito séria com ele.
Deus disse a Abraão: “Eu estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti e seus descendentes depois de ti ao longo de suas gerações para uma aliança eterna, ser Deus para ti e para seus descendentes depois de ti. Eu darei a ti e a seus descendentes depois de ti, a terra de suas peregrinações, toda a terra de Canaã, por possessão eterna; E eu serei seu Deus. (Gênesis 17: 7-8) Deus encontrou o homem Abraão, o qual formou uma família por meio de quem todas as famílias da Terra seriam abençoadas (Gênesis 12:1-3). Este plano não era apenas a respeito de Abraão ou sobre a nação que se originaria dele. Tratava-se de abençoar a todas as nações e para todos os seres humanos de toda a Terra. Abraão certamente entendeu isso, creu em Deus e assim tornou-se o pai de todos os que viriam a crer em Deus. Por isto ele é chamado “o pai da fé”. “Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja pela graça e possa ser garantida a todos os descendentes de Abraão – não apenas para aqueles que são da lei, mas também para aqueles que têm fé de Abraão. Ele é pai de Todos nós. Como está escrito: “Eu te fiz pai de muitas nações”. Ele é o nosso pai diante de Deus, em quem ele acreditou: o Deus que dá a vida aos mortos e chama a ser coisas que não eram. “ (Romanos 4:16, 17) O plano que começou com um homem de fé baseou-se em crer na Palavra de Deus, o que todos os descendentes de Abraão teriam também que fazer. Eles estavam vivendo em Canaã quando foram milagrosamente salvos por uma intervenção divina através de um sonho que Deus deu ao Faraó do Egito, e que foi interpretado por José, filho de Jacó (Israel). José tinha sido enviado por Deus ao Egito com antecedência para ali estar exatamente naquela ocasião para interpretar o sonho do rei. Ele tornou-se então o governador do Egito e salvou da fome os descendentes de Abraão, o Egito, e as nações da Terra. Até então, eles eram uma família de 70 pessoas, e foram trazidos por José para o Egito, desde Canaã, a terra prometida por Deus a Abraão. Eles foram preservados no Egito como um povo. Eles deixaram a terra de Canaã somente para fugirem da fome que assolava toda aquela região. Ali cresceram em número e se tornaram uma nação de cerca de 2,4 milhões de pessoas (haviam 603.550 guerreiros: Números 1: 45-46).
400 anos depois, eles deixaram o Egito guiados por Moisés e pelos mandamentos de Deus, tornaram-se em uma nação e foram organizados em um exército para reconquistar a terra de Canaã, que naquela época havia sido ocupada por diversos reis e reinos. Curiosamente Deus havia dito a Abraão: “Eu o levarei para uma terra que eu te mostrarei”. A Isaque e a Jacó, Ele disse: “Eu o levarei para a terra que prometi a seu pai”. Mas Moisés ouviu de Deus o comando de levar o povo de volta à terra que já pertencia a eles, até mesmo 400 anos depois de terem vivido no Egito. Por que Deus disse isto a Moisés? Porque Deus havia permitido que Israel saísse da terra de Canaã somente para preservar o povo durante o período da fome. Mas aquela terra já pertencia a Israel. Moisés não entrou na terra, mas a viu antes de morrer. Deus nunca quebra Suas promessas. Quarenta anos antes desse tempo, Deus havia falado aos filhos de Israel por intermédio de Moisés: Eu os farei meu povo e serei o Deus de vocês. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, que os livra do trabalho imposto pelos egípcios. E os farei entrar na terra que, com mão levantada, jurei que daria a Abraão, a Isaque e a Jacó. Eu a darei a vocês como propriedade. Eu sou o Senhor” (Êxodo 6:7-8). As Escrituras mostram que os povos que ocupavam a terra até então sentiram medo e ficaram inseguros quando ouviram que Deus havia tirado Israel do Egito com grande poder, e que Josué estava trazendo um exército para recuperar seu território em Canaã. Um desses povos eram os Gibeonitas, os quais inventaram um esquema para enganar o povo de Israel e não serem destruídos. Eles vieram a Josué e declararam: “Eles responderam a Josué:” Seus servos foram claramente informados de como o SENHOR, seu Deus, tinha ordenado a seu servo Moisés que lhe desse toda a terra e que destruísse com todos os seus habitantes diante de você. Por isso, tememos por nossas vidas por causa de vocês e por isso fizemos isso “(Josué 9:24). Josué assumiu a responsabilidade de levar o povo de volta a Canaã e de derrotar os outros reinos que haviam ocupado a terra, para que Israel pudesse repossuí-la. Essas nações ocupavam aquele território ilegalmente, porque a terra pertencia ao povo de Israel, fato que não só a Bíblia descreve, mas que também a História confirma. Através das Escrituras, Deus menciona que aquela terra foi prometida por Ele a Abraão, Isaque e Jacó com juramento (Números 14:23).
Por que Deus escolheu Israel? Foi decisão de Deus abençoar o mundo inteiro através da nação de Israel. Ele fez isso com o plano de abençoar todas as nações através de Sua lei, de Sua Palavra e do envio do Messias. Deus quis implantar o Reino dos Céus na Terra, para o qual decidiu manter um território para Si. Não se trata apenas de Abraão e Israel. Trata-se do plano de Deus para a humanidade. Por isto, quando Israel é abençoado, toda a humanidade também o é.
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