Corria o ano de 1492 na Espanha, quando os reis católicos Fernando e Isabel, através de decreto real, expulsaram do país todos os judeus. Essa enorme gama de homens, mulheres e crianças dirigiu-se a Portugal, naquele momento governado pelo monarca Dom João II.
Já na entrada em Portugal, mais de cem mil judeus deixaram um excelente montante de recursos financeiros para a coroa portuguesa, visto que a passagem de cada judeu pela fronteira entre os dois países foi cobrada. Além disso, a economia portuguesa se beneficiou largamente dos milhares de profissionais de diversos ramos de atividade, desde a medicina até a confecção e o restauro de sapatos, passando por todas as profissões e atividades.
Ocorre que morre D. João II e assume o trono de Portugal o novo rei, Dom Manuel, o venturoso. Eis que esse novo rei português resolve pedir a mão da infanta espanhola aos reis de Aragão e de Castela. Rainha e rei colocam uma condição para apoiar o casamento: “Casa, sim, se todos os judeus forem expulsos de Portugal”. Dom Manuel aceita, se casa e decreta um ano de prazo para que os judeus deixem o país.
D. Manuel deixa uma fresta aberta. Diz ele que todos que desejarem se converter a Jesus não serão expulsos. E oferece um prazo de dez meses para que ocorra essa conversão, ou então a expulsão será efetivada. É neste momento que os judeus resolvem deixar Portugal.
D. Manuel convoca todos os padres disponíveis no reino, os reúne com tonéis e mais tonéis de água benta no porto de Lisboa e mente para todos os judeus, dizendo que na data especificada, diversos navios chegariam para remover os judeus para fora de Portugal. Deslavada mentira! Os judeus passam, naquele momento, em pé, como estavam aguardando no porto de Lisboa os navios para partirem, a ser batizados à força pelos padres. Assim, nenhum judeu é expulso e tem início a saga dos cristãos-novos que deixaram de ser judeus da forma forçada como foram convertidos.
O tempo passa, as perseguições têm início, a Inquisição se estabelece e os judeus, agora cristãos-novos, começam a fugir para o Brasil. Ninguém com vida boa, trabalho, bom salário etc., deixa o país onde vive. Só o faz em precárias condições de vida.
Pinto, Silva, Antunes, Soares, Nunes, Pereira, Oliveira e mais milhares de sobrenomes que todos nós conhecemos são sobrenomes de judeus, obrigados a se converter, que fugiram dos maus-tratos, da Inquisição e da sociedade portuguesa e vieram desembarcar na Bahia, em Santos, no Rio de Janeiro, povoando o reino de ultramar. Os filhos, netos, bisnetos e tataranetos dessa gente são aqueles que formam o tecido social brasileiro, étnica e absolutamente judaico.
Quem desejar de verdade conhecer as origens judaicas da família na qual nasceu, basta fazer um teste de DNA e, se desejar, tratar imediatamente do retorno ao judaísmo. Podemos ajudar!!! Assim, antes de rosnar teu antissemitismo, conheça as origens da tua família. Na verdade, bem-vindos e bem-vindas ao clube! Teremos prazer em recebê-los todos de volta.
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